terça-feira, 10 de agosto de 2010

Setenta anos
E nem sequer um instante de perdão
Becos escuros infiltrados
Água suja nos ralos

Que divindade demostrará milagres?
Caminhadas lentas não emagrecem.
Uma ave escura voa.
Um negro peixe nada.

Um raio brilha do horizonte!
Entre as sobrancelhas ilumina.
Pernas bambas se ajoelham.
Peito estufado deságua.

Em um sonho lúdico
A sabedoria da noite
Desperta a reminiscência
Do mistério que permeia o momento

E acorda

Setenta anos
E nem sequer um instante de perdão
Becos sujos infiltrados
Água suja nos ralos.

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