sábado, 23 de outubro de 2010

No âmago das entranhas
Busquei intensidades
Construi façanhas
De tamanha ilusão

Pesquei um peixe seco
Olho estava enrugado
Sem fôlego ele estava
Assim bem roxo

Assei o pobre mesmo assim
O céu estava nublado
Girei o peixe,
Vamos dourar o roxo!

Hum...Sabor.
Sem espinhos
Carne macia
Vitaliza a melancolia

A maré calma está,
Lençol mundano,
Bóio nele, bóio humano,
Sei a verdade e sou feliz
Desconfio












































...desconfio.

sábado, 16 de outubro de 2010

Carta a amiga palhaça nômade

Eu sou aquele que espera o segundo para iluminação
Que no dia fora do tempo
Beijou a palhaça
Descobriu que existe paixão.

Estava aqui
Livre de presunção
Me percebi fugindo
Do meu caminho para a libertação.

Não posso ficar na Babilônia
Desprezo-a sem comoção
E se não se ama
Vive-se ansioso como na insônia.

Liberdade... Talvez clichê...
Mas essa é a única Verdade
Que pode vivificar
Uma flor murcha, na flor da idade.

E na Babilônia
O céu cinzento
Só me chama ao dever e ao afogamento
Nunca ao amor e ao relento.

Me diz!
Por favor, me diz!
Como é deitar numa grama verde
E conversar seriamente com as estrelas?

Acordar com um sentido de vida
Sem um peso nas costas
Um sentido que tenha espaço
Para palhaçada, amor, poesia e prosa.

Que cada preocupação
Seja uma impulso de vida
Uma confiança
Uma fé que se concretiza.

Então me diga,
Por onde você anda?
Ou melhor
Por onde você vive a sua vida?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Uma lágrima escorre,
Flameja
E dispara faíscas
Num deleite efêmero.

Cicatrizes é o que restam.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Alma gêmea de minha alma
Meu amor, toda amplidão
Estrela serena e calma
Pulsar do meu coração...
A mais bela entre as flores
Poema de meus amores
Sinônimo de perfeição
Juro-te amor eterno
Minha Alma sempre amada...
Sem você meu doce amor
A vida não vale nada...
Minha mulher querida
Ès tudo na minha vida
Anjo de sedução
Alma gêmea de minha alma
Beleza rara e sincera
Flor da minha primavera
Fonte de inspiração
Quero viver contigo
Num leito só de alegrias
Ès a dona dos meus dias
Da alma e do coração
Se eu partir muito cedo
Te peço não tenhas medo
Não te deixarei ao léu
Te esperarei entre flores
Poema de meus amores
Na claridade do céu...
Alma gêmea de minha alma...
Podem passar mil anos
Ou toda a eternidade
Mas a única verdade..
È que serei sempre teu...
Te amo ...
Emmanuel Chico Xavier

domingo, 10 de outubro de 2010

A inocência brilhava no ritmo dos passos
Saltava alegre, explorava o tato
E brincava, assim, inocentemente
Beijinhos e carícias, todos inocentes.

Tudo que acontecia era generosa inocência

Batucavam o ritmo africano
Como um chamado a dança da terra
Que era todo dança
Todo dança e era inocente

Cantavam umas canções populares
Como um chamado aos cantos da tradição
Que era todo canto
Todo canto e era inocente

Cozinhavam sabores sedutores
Como um chamado ao gozo da fartura
Que era todo fartura
Todo fartura e também era inocente

Entrelaçou com delicadeza
E profetizou a amizade com grandeza
Profetizava todo extasiante.
...Sabedoria inocente...

Nem mirou o olhar distante.