quinta-feira, 6 de março de 2014

Eu sou uma pessoa vazia, mas não sou medíocre. Quer dizer...Eu sei exatamente o momento que estou sendo medíocre, os tipos de situações, as formas de ser quando eu entro nessas situações, e eu parei de ser. Só que isso não significa nada.
Não chega a ser contra a natureza, mas é um freio na natureza pra perceber ela. E a energia sexual no nível mais baixo ela é o gozo, só que essa mesma energia tem um poder de nos levar pra lugares desconhecidos.
É uma meditação das mais poderosas e prazerosas.
E sentir a transcendência junto com um parceiro.
Acho q tem a ver com aqueles momentos da música que vamos para um plano elevado. Entramos nesse plano juntos, e sabemos que estamos juntos.
A energia do tesão, que é a energia da vontade, ela é toda dissolvida e transformada em relaxamento.
E nesse relaxamento vai acontecendo sensações supersensoriais, todos os sentidos se tornam mais aguçados.
A conexão com o momentos e tornar muito intensa.
E a presença do outro se torna muito real, e nós nos tornamos muito real, e tudo se torna desconhecido.
E seguro ao mesmo tempo.
O medo é de ir contra tamanha sensibilidade que surge.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Ah.... Como é o nome daquela estrela? É uma sereia acenando com seu rabo de brilhos transcedentais? o que estará pensando desse monte de gente dormindo em plenas quartas fartas da labuta lá desde segunda? É amor? É Amor? A-m-o-r? ah.... fique a vontade madame celestial, esse universo está esperando a tantos e tantos anos... derrame seu cântico criador sobre nossos pesados ombros precisamos do seu carinho, sua paz é o nosso maior e mais elevado bem. já estou mais feliz agora. Sorrio mais alegrinho. Tchau dona. Boa noite.

Nos verdes campos, prados compridos se alastravam brilhando ao sol radiante o verde florescente até o profundo horizonte. Ipês rosas, frondosas árvores de flores roxas transbordantes de vivacidade enchiam a natureza da mais substanciosa vitalidade que há dentre todas as criações divinas. Pequeninas flores cresciam tímidas inseridas naquela infinita imensidão, balançandinho pareciam que dançavam com o todo que ali existia em plena magia. O céu... Grande céu, azul feição, face do Pai Onipotente de pele macia e vasta, misericordiosa, mistério a plena luz do dia. Inundava de bênçãos todo o verde, e o verde no vento cantava em alegria entusiástica, vibrante em êxtase profundo. Assim inicia a história.
Caminhava tímido , olhava para o lado como se evitasse sentir a culpa pelo que acabava de acontecer, a tristeza deixava seus olhos abobados, distraia-se com as tristezas da natureza: folhas mortas, terra sem grama, pássaros em silêncio. Nada parecia ter mudado, fazia uma eternidade que tudo estava assim: os pássaros nunca tinham feito uma canção sequer. O vento soprava.
-Vento, ó ventinho... – dizia em tom de compreensão – você está tão fresco, eu estou um pouco triste, me contou já tantos segredos quando eu passava por aqui e agora ouve aqui o meu segredo.
O vento assoprava mais suave para não intimidá-lo com tal sinceridade que brotava do coração naquele instante.
Olho para frente, vejo tanto destino, pesado e longínquo destino, olho para trás vejo meu envelhecimento, poeira e rascunhos não terminados. Sempre tive os mesmo pés, o direito e o esquerdo de nenhuma outra pessoa que rodou por esse planeta senão meus e tão tão jovem, sinto meu calcanhar mais calejado que os ciganos que atravessaram os infindáveis desertos. Eis meu segredo: - por um instante não sabia se dizia, não sabia se podia, falar aquilo em voz alta e disse – não conheço nada sobre o amor.
O vento parou. O sol ficou nublado. Misterioso e intangível som surgiu do longe entre dois abismos de silêncio: um único pio efêmero.

O tempo – falava para seu vazio e para o vazio do mundo -  o tempo passa sob meus pés...