sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Penso eternamente como faço para não pensar eternamente
Me encontro no pensar, sentindo a imagem de uma eternidade luzente
E ao pensar em dizer sobre a eterna luminescência, digo o que não penso para confundir minha divindade
E ouvindo as palavras que falo, aprecio apenas num pequeno tempo para não perder minha humanidade
Humanidade, é isso que amo em mim.
Ah! Que divino!

O azul do céu que está no céu é grande
E grande é minha surpresa com tua azul grandeza
Mas... se eu pudesse fazê-lo de azul amarelo
Ai de mim...
Faria dentro de mim mesmo um insano duelo
Que tudo quer e nada tem.
Pois no tudo querer me convenceria de que nada tenho para desejar um querer ter.
E no nada ter sofreria a dor do homem sozinho que todo desejo tem e é incapaz de sobre si mesmo saber.

Quanto mais digo o que sinto, mais sinto que o que digo não tem sentido
E dizendo o sentimento que digo
Sigo sem sentir o próprio sentir desatento
Nesse próprio não sentir dizendo
Fazendo disso um próprio experimento
No não-sentir digo como se fosse do dito que nascesse o sentido
Fico perdido sem senso esquecido que certa vez houve, sim, algo no peito como um dito sentimento.