sábado, 16 de outubro de 2010

Carta a amiga palhaça nômade

Eu sou aquele que espera o segundo para iluminação
Que no dia fora do tempo
Beijou a palhaça
Descobriu que existe paixão.

Estava aqui
Livre de presunção
Me percebi fugindo
Do meu caminho para a libertação.

Não posso ficar na Babilônia
Desprezo-a sem comoção
E se não se ama
Vive-se ansioso como na insônia.

Liberdade... Talvez clichê...
Mas essa é a única Verdade
Que pode vivificar
Uma flor murcha, na flor da idade.

E na Babilônia
O céu cinzento
Só me chama ao dever e ao afogamento
Nunca ao amor e ao relento.

Me diz!
Por favor, me diz!
Como é deitar numa grama verde
E conversar seriamente com as estrelas?

Acordar com um sentido de vida
Sem um peso nas costas
Um sentido que tenha espaço
Para palhaçada, amor, poesia e prosa.

Que cada preocupação
Seja uma impulso de vida
Uma confiança
Uma fé que se concretiza.

Então me diga,
Por onde você anda?
Ou melhor
Por onde você vive a sua vida?

Um comentário:

  1. Uma existência a nosso dispor.
    Baseado em fatos reais.
    Um romance atemporal de uma noite.

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