segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Nasce-se um poeta, é bonito e é um poeta!

O poeta consciente
Todo dominador da poesia
E da própria razão
Que conhecia filosofias milenares
Os valores mais nobres
E os rumos mais elevados que o destino poderia traçar
Cansou-se.

Razão, você não me serve mais!

E resolveu cantar palavras diversas
Se alegrando com os sons sem sentido
Adorou a forma como eles fluíam
E numa conversa com o vidro
Chegou a conclusões seriíssimas sobre a vida.

Deveria bisbilhotar os beija flores nos lindos bosques
Que tem mais vida e além de mais vida banquetes variados de saborosos polens.
Pois nessa presente fartura abelhas e beija-flores se saboreiam
E voam e se amam e se entrelaçam nos ares
E se beijam belissimamente no som da natureza e se picam!

O que?
É! Se picam.
Beija flor é traído
O beija cambaleia-se nos ares
Entonteado zigue-zagueia com a gravidade e tomba como numa tumba.

Corpo triste e sólido beijado na terra, abaixo de plantas floridas e zunidos homicidas, abaixo de árvores de grandes copas com grandes lúdicos troncos, abaixo de nuvens plurais em formas contempladas num lúdico céu degradê, num espaço lúdico geográfico, assim num continente existente em diversos atlas, cercado de oceanos de diversas ondas, vidas, e cores, existente em um planeta verde e azul, um sistema, uma negrez, singelamente colorida de astros, um universo cativante, escuro e misterioso...

Vocês viram um poeta por aí?

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