segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Se me fizessem um pedido de cair no desmedido, o que fica, o que me resta? De um pranto sem canto, de um soluço sem rima, um branco, um azul, uma cor cristalina, festas que transitam distantes, os encontros que encantam, as armas transcorrem sem ponta, estonteantes, e pronto. E o ponto, simples, desaparece, rumo ao norte, e a fácil tristeza me remete, despede-se do pranto, num canto, cheio de tanto, tanto de santo.

Se soubesses da noite de hoje
Se soubesses dos sonhos lá de cima
Se sonhasses com loucos e putas
Despertos em uma chacina
Saberia que é simples o amor.

Dia todo olho pro dia
Noite toda olho pro dia
Vejo dia dia dia, não dia, você não entendeu.
Noite dia, que noite fria.

Diga noite, onde me encontro?
Sou da tribo dos malabaristas?
Sou o camarim dos palhaços de rua?
Sou a lua no dia nublado?
Sou pra cá? Aqui desse lado?

Quando vejo o raio do lampejo
Te pego e te jogo
Te chupo te beijo
Te jogo pra cima
Escalo montanhas.
Pequena mulher
Que me ama e me trai
Sou o pico das estrelas.

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