terça-feira, 24 de agosto de 2010

Eu criança de encantos
Vibrando corações
Purificando ambientes
Libertando-os das sanções
Distribuo novas tonalidades às almas
Distribuo frutas saborosas à melancolia
Distribuo incensos diversos à inquietação
E uma mão criadora serena

Luz, que era branca, por luzir e reluzir
Foi-se colorindo pela desconfiança das cores
Ingenuamente deixou o branco, reluziu cada cor do espectro com até alegria
Das mais claras e límpidas até a escura como tal poluía
E em um sono tardio, o que era luz enegreceu.

Estrela oculta
De beleza em rasuras
Mesma no pico da abóboda celeste
Embelezou somente injúria
E ardeu em cada pulsar sob a aérea bruma
Como um adeus
Ardeu no ato de entrega
Ardeu à la Prometeu.

Para consolo, raridades surgem.
Um brilho acontece em um instante de sonho
Mas por ser instante, atiça só leve alegria
Alegria vazia, nada estonteante, esperança fria.

Desafios pesam nos aflitos
Dóceis e manipuladores
Insinuam outra qualquer coisa
Uma enérgica desesperança nas deidades

Criança abandonada
Procurando um coração a vibrar
Procurando um ambiente a purificar
Procurando sanções a libertar
Busca novas tonalidades nas almas
Morde frutas na melancolia
Acende gasto incenso na inquietação
Se imagina criação e sereniza.

Dorme criança, dorme, que a noite hoje se fez longa para teu descanso. Descanse.

Um comentário:

  1. vc escreve muito bem, já falei.
    esse é mais um pra coleção.
    quando for famoso, lembre de mim! hahaha
    beijos chico!

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