terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Loucura e a flor

Era tempo de confusão
Em que a expressão da alma
Se deparou com camadas brutas
Para fazer sorrir o sutil coração

O anseio gritou aos céus
E o enfeitou da Loucura
E o cientista quadrado disse:
-Pela Razão! O que é essa criatura?

A Loucura pela Terra ia espalhada
Se encontrou com uma flor
Que sorria a ela meio alegre
Assim um tanto quanto espantada

A Loucura se admirou, mas não quis arrancá-la
Pois a origem da flor
É a terra molhada
E luziu brilhante idéia: - Vou cultivá-la!

A Loucura mesmo louca
Sabia o que queria
Sabia que seria com aquela flor que aprenderia
E assim, meio doida, a Loucura dizia:

Eu sou toda aprendiz
Assim sou eu
Aprendiz... Louca e aprendiz
É isso que sou, flor

Quero aprender o Amor
Quero aprender a Dor
Quero aprender o tempo que se passa sob meus pés
Eu quero mesmo é devendar a Vida!

-Hei, florzinha
Você aí
Me desvende seu aroma
Quero tanto cultivá-la!

Um comentário:

  1. Um louco, homem que vive em seu próprio mundo, encontrou ressonância com uma singela flor.
    Baseada em fatos reais.
    Um louco enlouquecido pela sublimidade da existência.

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