Um vivo estranhamento
Uma apressada especulação
Um desconfiado cochicho
Nasceu da silenciosa multidão
Era a peste geniosa
O cochicho proliferava
O enxame de mosquito
Obsessivamente dizimava
Não se viam mais as ruas
Nem o som daquele tambor
O jardim da dona Ciça
Acinzentado, era o horror
E o horror se via geral
Até a sagrada pedra na praça
Era ponto de pouso
Do dito mosquito infernal
Que zumbia negro
Ao ritmo do caos
Emanando um odor seco
Ocultando o que era vital.
E foi assim: do mero estranhamento
Esquecido no astral
Desencadeou a história
Do cochicho que se fez fatal.
Um leve pensamento, levado a sério, cresce como uma bola de neve caótica até imergir em uma infinidade de moscas sangüinárias.
ResponderExcluirCrises de matemáticos e filósofos, eis sobre o que falo.