domingo, 28 de novembro de 2010

Carlos Nóbrega dos Riachos

Carlos Nóbrega dos Riachos, homem impetuosamente político, distraidamente artístico, uma oposição estranha e bela. Crítico engrandecido, altivo, esbravejava aos 7 mares, ao tom de conquistador convicto de persuasão aliciante. Tal olhar refulgente e fumengante se esvaziava, amolecia, aquietava num segundo... Olha! É o caminhar do carangueijo caminhante.
...s mares junto aos olhos se acalmavam... O vento pacificava a existência, o sereno descia e com o simpático carangueijo tiritante Carlos se distraia.
O mar era um, belo e um, a praia era uma, bela e uma, e o carangueijo tiritante num segundo era tragado pela areia como numa bruma.
Carangueijo agora, lembrança de sonho. Carlos, acariciador de areia, a apunhalava e a deixava escorrer feito véu vislumbrado pela efêmera cena.
E o místico carangueijo ainda flutuava meio abobalhado pela lúdica memória de Carlos. E assim...
TEC!
Num estalo Carlos sai da hipnose. Karateca vigilante. Olha a volta, Carlos nem se percebeu distante. Então Carlos se levanta, chacoalha a areia da calça e caminha firmemente sem ter idéia que da vida ele é um amante.

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