sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Ai menino...
Sapeca, bolinha amarela pinga na ladeira
Pinga, pinga, descendo a ribanceira
Alegre e pingativa, cai na profunda poça, bolinha com meleca!
É de sangue, vixe! Nossa!

Esses borbulhos... Distantes que afloram na poça...
Seriam borbulhos de mistérios cantados ou gargalhados?
Mas minha nossa!
É a escuridão poente, que ressurgi no lilás transluzente.
Apaga-se na nota capricho massante,
Branco perene úmido em lágrimas da velha cartomante.

Lua querida, hoje o sol se criou de repente,
O seu poente escorreu, raspou o passado
Todo caído, aflito, gelado.
Sol, seu safado.

Outrora sabiam de onde vinha a virilidade dos galos no sol ardente.
Que fomentam desejos por fomentar o quente.
Voam por cima da cerca quando lhe apraz.
Fugaz paz... Fugaz paz, viril e toda fomentada.
Disseram: que nada!
Que nada pegar na enxada, sozinho engolir rabanada.

Meus dotes são outros
O João de barro conhece meus dotes, teu lote.
Meu mascote amigo que silencia o pingo da pia
Postula uma poesia concreta.
Silêncio, por favor.

Nenhum comentário:

Postar um comentário